Síndrome do Edifício Doente: 30% dos edifícios do mundo apresentam problemas que afetam a saúde das pessoas
- Equipe Contramarco
- 5 de mar.
- 3 min de leitura
Atualizado: 6 de mar.
As arquitetas Bel e Tef explicam que má ventilação, iluminação inadequada e até alguns materiais de construção podem causar problemas como alergias, dores de cabeça e até aumento no estresse.

É possível que o lugar onde você vive ou trabalha esteja prejudicando a sua saúde? De acordo com a OMS, (Organização Mundial da Saúde), cerca de 30% dos edifícios no mundo sofrem com a SED, (Síndrome do Edifício Doente). Este Fenômeno, causado por fatores como má ventilação, iluminação inadequada e materiais de construção tóxicos, pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo alergias, dores de cabeça, cansaço extremo e aumento do estresse.
As arquitetas Belisa Mitsuse (Bel) e Estefânia Gamez (Tef), sócias do BTliê Arquitetura e criadoras do curso “Projetando com Feng Shui”, compartilham suas percepções sobre como a arquitetura pode ser uma aliada na promoção da saúde e do bem-estar. “Muitas vezes, as pessoas não percebem que o ambiente em que vivem ou trabalham está afetando sua saúde. Diante disso, um olhar especializado e holístico sobre aquele imóvel torna-se fundamental para encontrar as melhores soluções”, explica Bel.
A síndrome pode ser identificada por meio de sinais como odores estranhos, umidade visível, mofo e problemas persistentes de saúde entre os ocupantes. A falta de manutenção adequada dos sistemas de ventilação é uma das principais causas. A norma indica que quando mais de 20% dos ocupantes de um edifício relatam sintomas semelhantes, têm-se um indício forte de SED.
“Quando projetamos um espaço, consideramos não apenas a estética, mas também como ele vai impactar a saúde e o bem-estar dos ocupantes. Isso envolve uma análise detalhada de fatores como ventilação, iluminação e escolha de materiais”, afirma Tef.
Arquitetura que cura
De acordo com as especialistas, os arquitetos têm um papel fundamental na prevenção e solução da Síndrome do Edifício Doente. Projetos que priorizam a saúde incluem a escolha de materiais não tóxicos, o planejamento de uma ventilação adequada e a utilização de luz natural sempre que possível. Além disso, manutenções regulares e a utilização de tecnologias sustentáveis podem ajudar a manter um ambiente saudável.
Outra solução complementar pode ser aplicada de Feng Shui nos imóveis residenciais e profissionais. A integração desta técnica milenar chinesa na arquitetura é uma abordagem que visa promover o bem-estar físico, mental, emocional e espiritual dos ocupantes. “O Feng Shui nos ajuda a entender como a organização dos espaços, a escolha das cores e a posição dos móveis podem influenciar a energia do ambiente e, consequentemente, a saúde das pessoas”, explica Belisa.
Um exemplo clássico é a posição do banheiro na planta do imóvel e a relação dele com os outros cômodos. “Quando o banheiro está localizado de frente para a porta de entrada, por exemplo, ele pode drenas a energia vital que entra no ambiente.”, explica Estefânia Gamez. A arquiteta afirma ainda que posicionar a cabeceira da cama na parede de divisa com o banheiro pode afetar a saúde mental dos moradores. “O banheiro, por ser uma área de eliminação, carrega uma energia que, ao se conectar diretamente com o seu espaço de descanso, pode prejudicar o seu sono e até o seu equilíbrio emocional”, finaliza Tef. Uma boa solução para esse último problema seria trocar a cama de lugar para uma parede livre e com boa visão da entrada e da janela.
Dominando a técnica
Para quem deseja aplicar com o Feng Shui de forma eficiente em seus projetos, Bel e Tef oferecem o curso Projetando com Feng Shui, uma formação completa e reconhecida pelo MEC. “Nosso objetivo é ensinar a usar o Feng Shui com consciência e propósito, transformando o modo como os profissionais projetam e impactam a vida dos clientes”, diz Tef.
Além do curso principal, elas também oferecem cursos práticos com módulos especializados em cores e na aplicação do baguá, ferramenta essencial para mapear e equilibrar as áreas do ambiente. “Queremos que os profissionais tenham segurança para aplicar o Feng Shui e oferecer projetos com mais qualidade e significado”, reforça Bel.
Fonte: Multiverso Comunicação - Paula de Paula
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