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Equipe Contramarco

REVISÃO DA NORMA NBR 15575-2020

A atualização traz referências para que os edifícios se tornem mais eficientes



A norma NBR 15575 foi revisada e ganhou um novo método proposto pelo Laboratório de Eficiência Energética em Edificações vinculado ao Núcleo de Pesquisa em Construção do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina (LabEEE), sob a coordenação do professor Roberto Lamberts. Segundo ele, as mudanças deverão orientar as avalições para que os edifícios possam ser construídos com níveis ainda mais avançados de desempenho térmico.


Segundo William Medeiros, gerente de marketing e comercial da Sto Brasil, que faz parte de um grupo com atuação internacional e trabalha com sistemas de revestimentos com isolamento térmico (EIFS) para fachadas, paredes e acabamentos para a indústria da construção, apesar desta atualização da NBR 15575, não houve uma melhora considerável no critério de desempenho.


"A norma estabelece padrões muito baixos para uma habitação atingir temperaturas internas perto da zona de conforto estatística (entre 18ºC e 24ºC )", afirma o colaborador. "Agradecemos o empenho dos envolvidos, valorizamos o tempo e as ideias estabelecidas, mas é necessário também considerar os imóveis já ocupados e que não oferecem nem mesmo os níveis mínimos de conforto", completa Medeiros destacando que hoje há no mercado alternativas para trazer economia de energia e conforto térmico verdadeiro, em qualquer época do ano e que poderiam ser contemplados nesta alteração.


Segundo o novo método proposto, a avaliação do desempenho térmico passará a ser realizada por meio de dois procedimentos: o simplificado (Parte 4 - Requisitos para os sistemas de vedações internas e externas - SVVIE e Parte 5 - Requisitos para os sistemas de coberturas) ou de simulação computacional (Parte 1 - Requisitos Gerais), que permite avaliações para a obtenção de todos os níveis de desempenho (mínimo, intermediário e superior).


Agora, diante da necessidade de um melhor planejamento energético e da criação do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica - Procel Edifica (https://www.pbeedifica.com.br) será possível fazer o monitoramento e atendimento com qualidade do processo de Etiquetagem de Edificações, classificando sua eficiência da mesma maneira como hoje é feito com os eletrodomésticos. O objetivo é incentivar a conservação e o uso eficiente dos recursos naturais (água, luz, ventilação, entre outros) nas edificações, reduzindo os desperdícios e os impactos sobre o meio ambiente. Somente o consumo de energia elétrica nas edificações corresponde a cerca de 45%. Estima-se um potencial de redução de 50% para novas edificações e de 30% para aquelas que promoverem reformas que contemplem os conceitos de eficiência energética.


Em 2017 o Procel Edifica e o Centro Brasileiro de Eficiência Energética em Edificações (CB3E) lançaram uma nova proposta de método para a avaliação do desempenho energético das edificações (etiquetagem) com base no consumo de energia primária. Esta proposta já está em fase final e deverá ser implementada em breve. Além desta mudança, também está em curso a revisão da norma NBR 15220, e a introdução da família de normas ISO 52.000 (normas ligadas a eficiência energética em edificações), incentivando ainda mais a construção de edificações eficientes.


Ele destaca também a necessidade de se utilizar soluções completas para ter alto desempenho energético. Sistemas consagrados em todo o mundo, como os EIFS, deverão ser mais utilizados, sempre adequadas às condições climáticas do país. "Os arquitetos precisam projetar já considerando todas estas questões de desempenho", finaliza.



Fonte: Assessoria Mafer Comunicação/Sto Brasil

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