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Equipe Contramarco

PEÇAS DE EUCALIPTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

O projeto foi premiado na categoria “Sistemas Construtivos” do Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade


O Grupo EPO, que trabalha com uma série de materiais essenciais para a realização de obras no país, lançou no mercado um projeto que pretende revolucionar a indústria construtiva: a pré-fabricação de peças de eucalipto para uso na construção. A proposta é resultado de uma parceria entre o Grupo EPO, Grupo S & D e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), através da Fundação Christiano Ottoni.


O projeto conquistou o primeiro lugar na categoria Sistemas Construtivos da 24ª edição do Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade. A premiação foi entregue em Brasília, no mês de dezembro, durante cerimônia promovida pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).


Reprodução: Interface Comunicação Empresarial

A iniciativa traz a inovação na construção com madeira, originária de floresta plantada de eucalipto. As peças são pré-fabricadas, padronizadas e catalogadas em escala industrial, acompanhadas de caracterização e orientações sobre armazenamento, montagem e conservação. “Nós queremos trazer o uso da madeira na construção civil de maneira abrangente e de forma segura”, explica Adriana Braga, coordenadora de projetos no Grupo EPO e idealizadora da obra.


Para tornar o projeto real, a EPO realizou estudos e análises laboratoriais juntamente com a UFMG, coordenados pelo professor Edgar V. Mantilla Carrasco. As peças pré-fabricadas foram testadas para estar em conformidade com a Norma de Estruturas de Madeira: a NBR 7190-2022. “Fizemos a prototipagem, a comparação entre estrutura de madeira e metálica e um guia completo para auxiliar na montagem das peças. O eucalipto é uma matéria-prima renovável, o que torna a iniciativa ainda mais inovadora”, conta Adriana. Ela explica que a madeira é proveniente de florestas plantadas e manejadas para corte.


VANTAGENS ATRELADAS À SUSTENTABILIDADE


Quando foi comparado o uso de madeira e estruturas metálicas, os resultados foram impressionantes. Os modelos pré-fabricados de eucalipto proporcionam redução da mão de obra, rapidez na construção, menos desperdício, baixa interferência de condições climáticas, além de ter preço competitivo e menor exposição às flutuações de valores do mercado.


“Utilizamos as peças de madeira na montagem do estande de vendas do Jardim da Serra, bairro planejado recém-lançado pela EPO em Sete Lagoas (MG). O estande tem 480m² e foram gastos 45 dias na montagem da estrutura. Caso tivéssemos optado pela estrutura metálica, seriam gastos, em média, 60 dias. Além disso, a obra ficou 25% mais barata e tivemos uma economia de 16% em mão de obra”, destaca Adriana.


Reprodução: Interface Comunicação Empresarial

Foram utilizados 57m³ de madeira, o que representa 47 t de gás carbônico armazenadas nas peças, ou seja, 90 t a menos de gases de efeito estufa que deixam de ser emitidos no meio ambiente.


“Os estudos realizados também comprovaram que adotar os pré-fabricados de eucalipto trazem uma maior segurança para os trabalhadores na obra, pelo fato de alguns ajustes serem realizados com as peças ainda no solo. Além de menos poeira e resíduos no entorno e menor tráfego de maquinário e caminhões, que trazem benefícios para a vizinhança”, sinaliza.


Adriana ressalta que a EPO está acompanhando uma tendência mundial de mercado. “Outros países já adotaram o uso da madeira como parte fundamental da construção. Uma lei entrou em vigor na França, no início de 2022, que obriga o uso de materiais naturais ou base biológica, como a madeira, em pelo menos 50% das construções públicas. Tradicionalmente, a Holanda desempenha um papel importante como impulsionadora da demanda de madeira tropical para obras na União Europeia. Esses são alguns exemplos de potências mundiais que já avançaram nesse segmento”, ressalta.


Além de adotar em suas obras, o Grupo EPO também realizará a comercialização das estruturas para o mercado. “Saímos do evento com uma série de parcerias potenciais. A conquista do prêmio é muito importante, pois certifica a qualidade, a inovação e a sustentabilidade do nosso projeto, além de contribuir para a difusão dessa tendência que vai revolucionar o setor da construção brasileiro”, finaliza.


Fonte: Interface Comunicação Empresarial


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