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PAVILHÃO DE BARCELONA ATRAVÉS DE SUAS INOVAÇÕES MATERIAIS: AÇO E VIDRO


Reprodução: Arch Daily

O pavilhão alemão de Mies Van der Rohe e Lilly Reich para a Exposição Internacional de Barcelona de 1929 é conhecido como o edifício moderno que mais se foi escrito. Mas não importa quantas vezes o pavilhão seja redesenhado para análise, sempre existem novos ângulos para interpretá-lo.


Identificar sua capacidade de redefinir a imagem alemã, introduzindo novas estratégias que continuam presentes nos projetos de arquitetura contemporânea são dois elementos-chave das intenções dos arquitetos por trás de sua estratégia projetual.


“Temos que nos afastar da frieza do funcionalismo. É um erro acreditar que, para entender o problema da arquitetura moderna, é suficiente reconhecer uma necessidade de soluções racionais. A beleza na arquitetura, que é uma necessidade e finalidade para o nosso tempo e para períodos anteriores, não pode ser alcançada, a menos que possamos ver além da simples utilidade quando construímos”, diz Mies Van der Rohe.


O pavilhão de Barcelona difere de movimentos anteriores, como o funcionalismo, através da proposição de uma nova arquitetura. Com o uso inovador de materiais, o pavilhão é caracterizado pela combinação de dois materiais ricos: aço e vidro. Os arquitetos expressaram a originalidade dessas escolhas através de sua geometria e montagem precisa. A seleção de materiais identifica uma função específica para cada peça, mantendo um conceito arquitetônico claro.


AÇO: PILARES DE AÇO CROMADOS COMO O ELEMENTO PORTANTE

A presença de oito colunas de aço cromadas, de quatro diedrais (em matemática, o diedral é o grupo de simetrias de um polígono regular de n lados qualquer) equivalentes com perfis 4L e 4T, colocados regularmente em forma retangular, formam o elemento de carga. Deixando a demanda estrutural para os postes delgados, permite uma planta baixa que cria uma nova qualidade especial: um espaço fluido. Simultaneamente, permite que as paredes descartem sua função como elementos de suporte de carga, em vez de agir como objetos.


Quatro diedrais equivalentes com perfis 4L e 4T. Reprodução: Arch Daily


Onze anos após o final da Primeira Guerra Mundial, o pavilhão alemão pretendia mostrar ao mundo uma imagem nova e tranquilizadora da Alemanha por meio de sua forma arquitetônica. Exibindo nada além de si mesmo, de acordo com um representante alemão no dia da inauguração: “Tudo aqui é simples, aberto; Nós não temos nada a esconder." Da mesma forma, Mies van der Rohe alterou o local designado para o pavilhão para criar uma maior presença alemã na exposição.


Na construção do pavilhão, Mies e Reich brincaram com uma sequência de exibição maior que pretendia representar o tecido industrial alemão. Juntamente com o design de interiores de 8 palácios neoclássicos, aplicaram as características arquitetônicas do pavilhão. Assim, o uso de elementos inovadores, como as colunas em forma de cruz de cromo, estão presentes nos interiores dos palácios.


VIDRO: TRANSPARÊNCIA E REFLEXOS


Com a interação de transparências e reflexões criadas pelas partições de vidro, o esquema apresenta uma percepção única do interior. Guiado pelo módulo do pavimento, a janela atinge um comprimento de quase 9m. A percepção do interior intensifica sua complexidade com o uso de três tipos contrastantes de vidro transparente: vidro cinza em direção ao jardim, vidro verde-oliva, que divide o interior do espelho d'água, e um vidro incolor emoldurando a entrada do pavilhão.


Após a abertura da planta livre, as paredes de vidro definem o espaço sem fechá-lo. A inovação pode ser vista no uso de partições de vidro, que permitem a liberdade no uso do espaço e na integração do interior com o ambiente externo.


Reprodução: Arch Daily


Fonte: Arch Daily


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