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Equipe Contramarco

ESCASSEZ DE PROFISSIONAIS CAPACITADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL GERA ALERTA NO SETOR

Pesquisa aponta que haverá déficit de aproximadamente 530 mil profissionais na área


Engenheiros civis em obra

Segundo uma pesquisa da consultoria box1824, estima-se que entre 2021 e 2025, o Brasil terá aproximadamente 53 mil engenheiros civis formados anualmente, totalizando por volta de 265 mil profissionais. No entanto, o número de pessoas qualificadas é considerado insuficiente para a demanda, tendo em vista que o mercado nacional terá cerca de 800 mil vagas disponíveis, gerando um déficit de aproximadamente 530 mil profissionais, segundo o mesmo relatório.


Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia, empresa especializada em overlays, explica que essa diferença entre os profissionais qualificados e as vagas afeta o avanço tecnológico do setor, como também, a competitividade do país em relação ao cenário global.


“É de extrema importância que o ensino superior, assim como os profissionais em atuação estejam capacitados diante de novas tecnologias e inovações. Entre elas se encontram as estruturas provisórias, infraestruturas que possibilitam a montagem e desmontagem de forma rápida e econômica, podendo ser reaproveitadas e, consequentemente, mais sustentáveis”, diz a profissional.


“Tecnologias nos ajudam a melhorar as decisões sustentáveis e a aprimorar equipamentos utilizados nas construções. Estas práticas equilibram os ambientes modernos em que vivemos com as necessidades ecológicas atuais, uma vez que esse tipo de solução permite a reutilização de praticamente todo material”, pondera Tatiana.


Cada vez mais comum no Brasil, o uso dessas construções sustentáveis em diferentes setores, reduz o custo da obra e na manutenção de eventos esportivos, festivais, feiras, entre outros. De acordo com o U.S. Green Building Council (USGBC), o país é o quarto maior empreendedor em estruturas sustentáveis no mundo.


Já no cenário internacional, os Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 contaram com estruturas provisórias, como tendas, pisos, arquibancadas, cenografia, elétrica, iluminação esportiva, módulos, entre outras. Fiscalizado pela Fast Engenharia, a operação contou com mais de 500 funcionários trabalhando na montagem das estruturas, incluindo etapas como desenho, planificação, gerenciamento, logística, montagem, manutenção e desmontagem.


"Com as estruturas móveis, não serão criadas áreas e arenas que deixarão de ser utilizadas na cidade após os eventos, os chamados ‘elefantes brancos’. No entanto, apesar da sua popularização, o grande desafio deste modelo de negócio é contar com profissionais que sejam capazes de executar estes projetos dentro dos prazos estipulados pelos comitês locais, que normalmente são extremamente curtos”, explica a especialista.


Segundo Tatiana, esse cenário comprova a importância do papel do engenheiro civil na construção e concepção de estruturas provisórias, não apenas para garantir a segurança e funcionalidades dessas instalações, mas também para a geração de empregos e desenvolvimento da economia local. “Contudo, para suprir a escassez da mão de obra é necessário fomentar políticas públicas que possibilitem a formação de profissionais aptos, caso contrário, no mundo, até 2030, 85 milhões de vagas não serão preenchidas por falta de pessoas especializadas para ocupá-las.


A faixa salarial da profissão também é um requisito importante, uma pesquisa realizada pela Salario.com.br em conjunto com os dados oficiais do Novo CAGED, eSocial e Empregador Web verificou entre os períodos de agosto de 2022 a agosto 2023 que a faixa salarial do engenheiro civil é de R$7.920,00 e o teto R$ 16.838,36, levando em conta o salário base de profissionais em regime CLT de todo o Brasil, assim como, os 23.673 salários de profissionais admitidos e desligados de empresas analisados.


“A adaptação dos profissionais frente às inovações e avanços tecnológicos é inevitável, sendo necessário o fomento de políticas que melhorem as condições contratuais e até mesmo de ensino. Tais mudanças não são postas em prática de forma rápida em nenhuma área, especialmente na construção civil. No entanto, as expectativas e metas sustentáveis continuarão crescendo e os engenheiros serão cada vez mais cobrados com relação às suas práticas”, finaliza Fasolari.


Fonte: Fast Engenharia/Press FC Assessoria e Consultoria


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