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Equipe Contramarco

ENTENDA AS REGRAS PARA A ANCORAGEM DE FACHADAS E OS SISTEMAS MAIS INDICADOS

Por Stephanie Fazio

Reprodução: Repinte

Ancoragem é um conjunto de pontos de ganchos instalados no topo do prédio, em locais estratégicos, para permitir a fixação de equipamentos e o deslocamento de pessoas (ou equipamentos mecânicos) através do acesso por cordas. O Sistema de Ancoragem Predial deve estar de acordo com as exigências das normas NR18, NR35 e NBR 16325, segundo o portal Síndico Legal.

Ainda conforme o site, este sistema tem como objetivo principal a segurança para os trabalhadores da construção, que atuam nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas. Além de proteger transeuntes, estruturas vizinhas e ou bens materiais de terceiros. Apesar de ser um método utilizado mundialmente há mais de 20 anos para oferecer melhor mobilidade e segurança aos trabalhadores, muitos prédios ainda não possuem pontos de ancoragem instalados.

Desde a publicação da Portaria Nº 157, de 10 de abril de 2006, todas as edificações com, no mínimo, quatro pavimentos (ou altura de 12m) devem possuir dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes, balancins e cadeirinha, bem como de cabos de segurança para o uso de proteção individual a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas, conforme a legislação do Ministério do Trabalho (Norma Regulamentadora nº 18 e nº 35).

De acordo com o site Síndico Legal, não é permitido realizar serviços em fachada sem que os trabalhadores estejam adequadamente conectados ao sistema de ancoragem, seja ações de reforma, limpeza, vistorias, teste de percussão (ou “bate-fofo”), troca de vidros ou qualquer serviço que o trabalhador esteja sujeito a risco de queda em altura.

Nas instalações e manutenções de fachadas de vidro e ACM, é comum que trabalhadores executem serviços internos e externos com alturas elevadas, neste caso, a variação de possibilidade e cuidados com estes serviços precisa ser avaliada. Porém, alguns equipamentos são usuais para grandes alturas ou pequenas elevações, como cinto de segurança tipo abdominal e talabartes, com absorvedor de energia com altura de trabalho correta, os equipamentos padrões, como capacete, óculos, entre outros também precisam ser utilizados, informa Bruno Xavier, diretor de vendas e projetos da Stick Glass Fachadas de Vidro e ACM.

Todo o tipo de trabalho realizado em altura acima de 2m de elevação requer algumas regras de segurança que devem ser consideradas. “A segurança dos colaboradores de um serviço em altura precisa ser avaliada, assim como os riscos, junto com profissionais da área de atuação da segurança de trabalho”, explica o executivo. Conforme previsto na própria NBR 16325-1, nesta avaliação, um dos itens que precisa de atenção é a estrutura e a resistência das fixações da ancoragem, prevendo a rigidez e estabilidade estrutural, acrescenta.

Xavier observa que os prestadores de serviço devem estar com as suas capacidades físicas, psicológicas e neurológicas em dia para a execução dos serviços em altura, tendo habilitações em dia da NR35 e NR18.

Segundo Mário Galvão, engenheiro civil, o sistema de ancoragem tem função principal de fixar equipamentos para serviços em fachadas, como balancim e cadeirinha. O método serve também para a utilização de linha de vida do trabalhador. “É fundamental sua utilização para a adequada realização dos serviços com segurança, sem expor a vida do trabalhador ao risco”, diz.

QUAIS SISTEMAS DE ACESSO SÃO MAIS INDICADOS?


Reprodução: Adilis

“Para a realização de pequenos serviços, como limpeza, inspeções e pequenos reparos, o rapel e a cadeirinha são bastante utilizados. Em, obras maiores, como demolição, vidros, revestimentos, entre outros processos, a recomendação é que se utilize o balancim, por permitir melhor acesso do trabalhador”, analisa o engenheiro civil.


O diretor menciona que os sistemas mais utilizados em trabalhos de execuções em alturas, no setor de instalações de fachadas de vidro e ACM, são os andaimes fachadeiros, em balanço ou suspenso e plataformas tipo tesoura ou articuladas.


“Os casos que mais marcam são aqueles que envolvem acidentes devido à ancoragem inadequada. Infelizmente, é muito comum verificarmos trabalhadores realizando serviços em altura e em fachada afixados em locais inadequados, como latas de tinta e sacos de areia. É assustador!”, relata Galvão.


Na visão do engenheiro, é muito importante que o gestor predial se atente a todas as normas de segurança para não expor a vida ao risco, o que pode configurar crime de acordo com o código penal. “Precisamos criar a cultura da prevenção e respeito à vida”, enfatiza.

APLICAÇÃO DAS NORMAS


Para Xavier, em pequenas e médias obras e instalações de fachadas de vidro e ACM, existe um descaso das normas e suas utilizações, não contemplando nenhuma ação ou punição para os envolvidos.


Os edifícios construídos há menos de três anos, normalmente, já possuem esse sistema, pois já se tornou um hábito entre as construtoras. Mas, a maioria das obras ainda não aderiram às medidas e estão sujeitas a multas e a acidentes de trabalho, conclui Galvão.


ACESSÓRIOS PARA FIXAÇÃO


Divulgação: Bolt Inox

Para garantir o alinhamento da solução na fachada, proporcionando o acabamento esperado, e eliminar a ocorrência de problemas futuros, é fundamental que a instalação dos painéis seja executada da maneira correta, informa Camila Guimaro, responsável pela área de marketing da Boltinox, distribuidora de fixadores em aço inoxidável. “Apesar da atividade ser simples, ter atenção na montagem do sistema evita retrabalhos e perdas financeiras”, observa.


Ela destaca a importância de avaliar o contato com outros materiais, que podem desencadear processos corrosivos, por isso, é recomendada a utilização de fixadores de aço inoxidável para evitar a corrosão galvânica. Segundo a profissional, a boa especificação e detalhamento do projeto colaboram para a qualidade da instalação.


“O chumbador de aço inoxidável (CBA) é um sistema de fixação expansivo, muito indicado para a instalação das fachadas. Sua aplicação é fácil e rápida, proporcionando maior agilidade ao processo de montagem e fixação nas obras, além de ser capaz de atingir cargas elevadas”, descreve Camila. “O modelo mais conhecido de chumbador é o CBA com prisioneiro, que é o mais indicado para o uso direto em concreto”, complementa.


Cada chumbador de inox é composto por um parafuso, uma arruela, uma porca, uma jaqueta, também chamadas de capa ou camisa, e uma cunha, conta a profissional. No mercado, pode ser encontrado em vários tamanhos, que são classificados em polegadas ou milímetros. É muito importante saber o tamanho ideal para cada situação onde vai ser fixado, pois existem vários tipos de chumbadores, informa a profissional.


Fontes: Bruno Xavier, Mário Galvão, Camila Guimaro, Síndico Legal, Fernandes & Grossi Engenharia e Condomínio em Ordem

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