Segundo especialista, tecnologia ainda trará avanço em 2022, potencializando recursos já existentes, como a IOT e o BIM
O leilão do 5G no Brasil inspira a reflexão sobre os benefícios e mudanças que a nova tecnologia pode trazer em todos os setores. Quando se trata da indústria de engenharia e construção, a ultravelocidade deve proporcionar ainda mais avanços na Engenharia 4.0.
“Já está ocorrendo uma transformação e, nos próximos anos, será impossível falar dos avanços da Engenharia 4.0 sem falar do 5G. Tudo está interligado e será possível potencializar muitas das soluções existentes hoje e também criar novas ferramentas”, afirma André Medina, gerente de inovação da Andrade Gutierrez que, desde 2018, está à frente do Vetor AG, um programa de inovação aberta da construtora, acompanhando as evoluções tecnológicas dentro e fora do setor.
Uma das possibilidades de utilização do 5G é dentro dos canteiros de obras, que poderão se tornar inteligentes, ou seja, mais automatizados, conectados e monitorados. “Essa conectividade e a rastreabilidade que ela permitirá sobre equipamentos, materiais e pessoas trarão dados e estatísticas em tempo real que serão úteis na redução de custo das obras, aumento de produtividade e tomada de decisões”, prevê o executivo.
Medina explica que o 5G poderá acelerar, também, a Internet das Coisas (IOT), automação, virtualização e até mesmo o Building Information Modeling (BIM - modelagem de informação da construção, em tradução literal), que é uma representação digital de uma construção desde a fase de projeto e planejamento até a construção e operação.
Com o 5G, a expectativa é de um gerenciamento mais apurado das informações geradas pelo BIM, permitindo um acompanhamento ainda melhor de cada obra.
“O 5G abre caminho para que essas e outras tecnologias sejam melhor aproveitadas. É o caso de drones, sensores e qualquer outro aparelho que necessite de conexão com a internet. Todos serão beneficiados com a ultravelocidade, que proporcionará um tempo de resposta muito menor em comparação com o 4G”, mencionou o gerente.
A implantação do 5G nas capitais do Brasil e Distrito Federal estava prevista para o mês de julho de 2022, mas foi adiada em 60 dias, para 29 de setembro. A proposta é do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência (Gaspi), e a motivação para adoção de prazo adicional foi a impossibilidade de entrega de equipamentos pela indústria.
Fonte: Agência NoAr
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