Incorporadoras e construtoras unem forças para entregar empreendimentos de alta qualidade e segurança, adotando uma sinergia inspirada na eficiência da indústria automobilística
No setor imobiliário, a parceria entre incorporadoras e construtoras tornou-se essencial para a realização de projetos de alta qualidade, garantindo não apenas o cumprimento dos prazos, mas também a satisfação das demandas de mercado e a segurança dos empreendimentos.
Com a experiência de ter atuado em ambos os setores, Roberto Braz Thá, CEO da Thá Engenharia, diz que “a sinergia entre essas duas áreas, com funções distintas, resulta em um processo produtivo eficiente e alinhado”.
Apesar de similares, as áreas desempenham papéis bastante distintos e plenamente satisfatórios para os clientes. Com um modelo adotado, no qual cada empresa tem seu papel, é possível à cada uma o rendimento máximo de suas habilidades, por exemplo, ao construtor administrar todos os detalhes da correta execução dos projetos e ao incorporador desenvolver o produto no detalhe. Assim, incorporadoras e construtoras trabalham em um alinhamento estratégico, compartilhando informações e aplicando melhorias técnicas que irão refinar o produto: ganha o comprador.
“Quando um projeto imobiliário é bipartido entre uma construtora e uma incorporadora, os clientes podem ter a certeza de que estarão adquirindo um bem ainda mais durável, planejado, analisado e executado por especialistas. É uma tendência mundial a especialização por áreas”, destaca Thá.
COMO AMBAS ATUAM?
A construtora é a empresa responsável por toda a execução da obra, desde a preparação do terreno até a entrega do imóvel. Ela gerencia a contratação de mão de obra, a compra de materiais e o cumprimento do cronograma de construção. Além disso, é a construtora quem garante que os projetos sejam transformados em realidade no prazo e na qualidade esperados pelo mercado consumidor.
Já a incorporadora idealiza, cria o conceito e planeja o empreendimento. É ela que identifica oportunidades no mercado, adquire terrenos, realiza as análises de viabilidade e se debruça sobre a parte jurídica e criativa, por exemplo a aprovação de projetos e o licenciamento junto aos órgãos públicos. A incorporadora também é responsável pela captação de recursos para o projeto e pela comercialização das unidades, que geralmente começam a ser vendidas ainda na planta.
“Esse modelo foi adotado pela indústria de precisão em todo o mundo. As fábricas tem seus fornecedores especialistas em torno da planta fabril e de fábricas, passaram a ser montadoras”, afirma Roberto Thá.
SEGUINDO MODELOS DE SUCESSO
Ao traçar um importante paralelo com a indústria automobilística, Thá ressalta o sucesso do sistema Toyota e o início do processo de fabricação de automóveis, que visam operacionalizar cada vez melhor os processos, desenvolver tecnologia e evitar desperdícios. De Henry Ford aos processos mecânicos e sustentáveis, a atividade evoluiu para um cenário de colaboração intensa entre montadoras e fornecedores, nesse caso, entre incorporadores e construtores plenos.
Há uma forte tendência asiática de que uma única fábrica automotiva produza carros de várias marcas e modelos, com cada empresa focando no desenvolvimento comercial e no branding, enquanto a montadora se dedica à execução. Esse sistema possibilita a criação de produtos de alta qualidade, personalizados para diferentes públicos e cria novos nichos de mercado.
“No setor de construção, conseguimos aplicar essa mesma lógica, onde a Incorporadora desenvolve e detalha o produto que deseja entregar e que representa o DNA da sua marca, enquanto que. como construtora, atuamos viabilizando projetos variados, desde residenciais, comerciais, ensino, hospitalares, logísticos, de infraestrutura e até industriais, de forma eficiente e econômica. Isso nos permite concentrar energia e expertise no estudo detalhado e antecipado do empreendimento e de como será sua execução. Na Thá, antes do primeiro tijolo ser assentado, o projeto já está construído em nossos computadores”, conclui.
Fonte: Thá Engenharia/Grupo Excom
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