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Cresce a participação de mulheres na construção civil e diversidade impulsiona inovação

Equipe Contramarco

Profissionais femininas ganham espaço em cargos de liderança e tecnologia, transformando o setor e promovendo mais eficiência e inovação


A construção civil, historicamente dominada por homens, tem assistido a uma mudança significativa nos últimos anos. A presença feminina no setor cresceu 42% entre 2018 e 2023, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, refletindo a transformação de um mercado que busca mais diversidade, inovação e eficiência operacional. 


Esse avanço se destaca principalmente em cargos de liderança e tecnologia. Tal movimento também tem sido impulsionado por fatores como a digitalização da construção, a automação de processos e a busca por soluções mais sustentáveis.  


De acordo com Alex Lira, CEO da Construlab, uma construtech baseada em Boston focada em digitalização e soluções de IA na construção, e também idealizador da Innova Build Conference, uma conferência internacional criada nos Estados Unidos que discute as tendências do setor, o adoção de novas metodologias, como impressão 3D e inteligência artificial aplicada a projetos, somado a demanda por profissionais qualificados abriu espaço para mulheres que, cada vez mais, se especializam nessas áreas. “A presença das mulheres na construção civil não se trata apenas de inclusão, mas de competitividade. Empresas que apostam na diversidade conseguem resultados mais inovadores, reduzem erros e aumentam a produtividade”, afirma.


Carol Siqueira, uma das palestrantes que participou da última edição do evento apresentado por Lira, e  especialista em modelos de negócios sustentáveis, aponta que a liderança feminina traz novas abordagens e metodologias que melhoram a gestão e otimizam processos construtivos.


Outra frente de destaque para as mulheres neste nicho é a tecnologia. Jéssica Dantas, que atua com impressão 3D na construção civil, e que também palestrou no palco do IBC, exemplifica essa transformação. “A adoção de novas metodologias facilitou a entrada das mulheres no setor, pois reduziu o peso do trabalho braçal e trouxe novas exigências, como habilidades analíticas e conhecimento técnico, onde temos grande contribuição”, pontua.


Além da ascensão em cargos de liderança e inovação, o crescimento da presença feminina no setor reflete mudanças estruturais dentro das empresas. Grandes construtoras passaram a implementar políticas de inclusão, desenvolver programas de capacitação para mulheres e promover ambientes mais equitativos. Carol Moya, especialista em vendas e liderança no LinkedIn e uma das participantes da última edição da IBC, destaca que esse avanço também impacta a percepção externa das companhias. “Organizações que incentivam a equidade de gênero ganham mais credibilidade e atraem profissionais altamente qualificados, além de se tornarem mais competitivas no mercado global.”


Lira aponta que o aumento da presença feminina na construção civil não é apenas uma tendência, mas um indicativo de que o setor está se modernizando. “Com políticas de inclusão mais efetivas e o avanço da tecnologia, a participação das mulheres tende a crescer ainda mais, consolidando um mercado mais diversificado, eficiente e inovador”, destaca.


Entretanto, Lira aponta que a transformação do setor com a crescente participação feminina não se limita à ocupação de cargos de liderança e tecnologia. O impacto dessa mudança também pode ser percebido na cultura organizacional das empresas, que estão cada vez mais preocupadas em promover ambientes de trabalho mais inclusivos. “Medidas como a adaptação de canteiros de obras para atender às necessidades das profissionais, a criação de redes de apoio e o incentivo à qualificação técnica têm sido fundamentais para garantir não apenas a entrada, mas a permanência das mulheres no segmento”, revela.


Além disso, o fortalecimento de redes de mulheres na construção tem sido essencial para essa evolução. Iniciativas como mentorias, eventos de networking e grupos de apoio profissional ajudam a reduzir barreiras históricas e a estimular a troca de conhecimento entre as trabalhadoras. Dessa forma, cria-se um ambiente favorável para o avanço profissional o que contribui  para o desenvolvimento de lideranças femininas, impactando diretamente na diversidade de pensamento dentro das empresas.


Fonte: Carolina Lara


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