A arquiteta Isabella Nalon esclarece pontos importantes a serem observados para a instalação e orienta sobre a rotina de limpeza e manutenção dos itens.
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A iluminação natural é um aspecto importante no dia a dia de uma residência, pois ajuda para o bem-estar de todos os moradores. No entanto, o excesso de luz solar, além de causar incômodos visuais e desconforto térmico, costuma ser prejudicial aos móveis e objetos decorativos do ambiente.
Dessa forma, para proteger da incidência, em menor ou maior escala, as persianas, com ou sem telas solares, são comumente incluídas nos projetos de arquitetura e interiores para regular a luminosidade de acordo com o período do dia e tornar mais agradável as atividades realizadas no ambiente. A arquiteta Isabella Nalon, à frente do escritório que leva o seu nome, compartilha os pontos que considera para a definição do modelo ideal.
Diferenças entre persiana e tela solar
A profissional esclarece uma dúvida recorrente dos seus clientes: toda persiana possui proteção contra raios solares e ao calor? “A resposta é não”, revela detalhando que o tipo de bloqueio está ligado ao tipo de tecido ou material utilizado na confecção do produto.
Ou seja: os modelos com PVC, poliéster ou fibra de vidro apresentam essa característica, mas de acordo com Isabella, é necessário confirmar com o fabricante e consultar as especificações técnicas.
Por outro lado, as persianas de tecidos mais comuns, tais como algodão e linho, por exemplo, não conseguem segurar adequadamente a entrada do sol.
“Salas e dormitórios, a depender do nível de incidência de sol, podem até ser compostas de cortinas com tecidos mais leves e naturais, sem a necessidade de tela solar. No entanto, espaços como varandas, que recebem muita luz, demandam o emprego de materiais sintéticos e com tecnologia adequada.”, detalha a arquiteta.
Tipos de proteção
Quando o assunto é tela solar, os tipos de vedação correspondem à abertura e tamanho da trama, e são escolhidas de acordo com a necessidade de cada ambiente. O modelo de 1%, com uma trama mais fechada é indicada para locais com sol recorrente e, segundo Isabella, o item não escurece completamente o ambiente, mas elimina os reflexos.
Já a tela solar de 3% representa uma trama intermediária e uma certa visibilidade externa que a torna bastante requisitada em varandas de apartamentos e casas. Para completar, o percentual de 5% é perfeito para ambientes cujo propósito é apenas reduzir um pouco a luminosidade, uma vez que por lá o sol não acomete em grandes proporções. “E ela permite uma visão bem interessante do lado externo”, complementa a arquiteta.
Entretanto, a definição ainda pode contemplar os tecidos elaborados com blackout ou semi blackout que são encontrados em diversas cores. A dica compartilhada por ela é instalar as cortinas de forma que uma estejam sobrepostas à outra para impedir que o sol ultrapasse nas pequenas frestas, caso isso incomode o usuário.
Tecnologia
Para simplificar a rotina, a opção de incluir persianas automatizadas é uma excelente ideia. Segundo a arquiteta, o trabalho de instalação consiste em embutir um motor no forro e deixar um ponto de energia disponível. “O funcionamento é muito prático e pode ser acionado via controle remoto ou conectado pela Alexa”, conta.
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