De acordo com especialistas, opção construtiva se torna promessa para engenharia civil, porém enfrenta desafios como falta de mão de obra especializada
O steel frame é um sistema de construção civil a seco, ou seja, sem a utilização de água em sua instalação, e a alta procura se dá principalmente por suas características ligadas à sustentabilidade. Dados da Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM), mostram que o volume de vendas do material cresceu 82,8% de 2019 a 2022, sendo comercializadas 26,7 mil toneladas no ano passado. Para 2023, o sistema construtivo deve manter crescimento mais moderado com alta prevista de 6%, um pouco acima do aumento registrado entre 2021 e 2022, que foi de 5,5%.
“Além da precisão orçamentária e da leveza dos perfis de aço, que resultam em uma obra de qualidade superior, o ponto de maior destaque é a sustentabilidade. Os materiais usados são 100% recicláveis, o que reduz o impacto ambiental no mercado da construção civil”, explica Allyson Estanislau, diretor executivo do Grupo Tecno.
Apesar de ser um método construtivo antigo, o steel frame ganhou destaque no Brasil somente nos últimos quatro anos, tendo seu pico de vendas em 2020, com aceleração de 56%. “A construção industrializada é o futuro, tanto no Brasil como no mundo. A região Nordeste que resistia a essa mudança, definitivamente entrou na nova era, principalmente a partir de 2019”, ressalta Fabio Luis Gerone, vice-presidente de light steel frame da ABCEM.
“Mas apesar dos aspectos positivos, como também sua montagem até 40% mais rápida em comparação a outros sistemas construtivos, o steel frame enfrenta desafios importantes como falta de mão de obra qualificada, alto custo do aço é uma questão cultural dos clientes brasileiros, que ainda privilegiam a alvenaria”, alerta Guilherme Manfredini, professor de engenharia civil da Uniasselvi, instituição de ensino superior de Santa Catarina.
Mesmo assim, a vantagem ambiental proporcionada pelo steel frame pode continuar impactando positivamente suas vendas, em uma era onde empresas e consumidores valorizam produtos e serviços que agridem menos o meio ambiente. “Essa técnica proporciona uma construção mais rápida e eficiente, economizando tempo e recursos. Apresenta menor desperdício de materiais e maior eficiência energética, sendo uma alternativa promissora para diferentes tipos de projetos”, reforça Manfredini.
Fonte: Make Buzz Comunicação