Projeto redefine o uso de estruturas em aço na concepção de espaços de aprendizagem
Divulgação: Aflalo/Gasperini Arquitetos
Inaugurado em 1934, o Colégio Bandeirantes, na capital paulista, passou por uma recente obra de expansão. O projeto, que redefine o uso de estruturas em aço na concepção de espaços de aprendizagem, incorpora uma filosofia de ensino interativo, apoiado por uma infraestrutura flexível e adaptativa, além de ampliar o espaço físico do edifício. Foram mais de 704 toneladas de aço empregadas em 18 mil m² de área construída.
A estrutura em aço foi peça central deste projeto de 12 andares, tendo sido escolhida devido aos seus aspectos de versatilidade e sustentabilidade. Assim, o arquiteto José Luiz Lemos explica que a estrutura metálica foi escolhida pela sua capacidade de flexibilização dos espaços, o que permitiu criar ambientes que se adaptam às necessidades pedagógicas, facilitando um aprendizado mais dinâmico e integrado.
“O sistema construtivo em aço também facilitou o transporte de insumos, já que a maioria das peças chegava pré-fabricada, um grande diferencial para a velocidade da obra. Outro grande benefício deste método construtivo foi a eficiência no canteiro de obras, entregando um espaço mais limpo e com impactos ambientais consideravelmente menores”, comenta Lemos.
O colégio se destaca ainda pela adoção da laje steel deck, componente essencial na estratégia de integração de utilização de estruturas metálicas. Com sua implementação, foi possível expandir as dimensões de altura dos andares, facilitando a configuração de divisões e salas em conformidade com as necessidades programáticas específicas da escola, além da rapidez da obra.
Para o Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), essa 1ª fase da obra é um exemplo de como o sistema construtivo em aço é capaz de facilitar processos de ampliação e dar suporte para a visão criativa dos arquitetos. A construção industrializada em aço também se mostrou sustentável, um pilar central no projeto da Aflalo/Gasperini Arquitetos.
A entidade destaca ainda que, o mais importante de tudo foi o fato de que a eficiência e organização proporcionada pelo método construtivo no canteiro de obras também possibilitou que o colégio mantivesse suas atividades normais, assegurando que alunos e funcionários não fossem significativamente afetados durante o período de construção.
A EXPANSÃO
Para manter a tradição do colégio na fachada, foram escolhidos materiais e tonalidades que lembrassem os originais tijolos dos blocos existentes. Brises em concreto de alto desempenho e painéis de concreto pigmentado pré-moldados, que ressaltarão as áreas de opacidade, transparência e controle solar do projeto, vão compor elegantes fachadas.
A primeira fase contempla a construção de um novo edifício com intervenções pontuais no prédio. Em etapas posteriores, novos espaços destinados ao esporte e à cultura complementarão as áreas de estudo. Foi projetada uma grande caixa elevada para o ginásio, liberando área para um generoso pátio coberto no térreo e pátio descoberto em sua cobertura, maximizando as áreas do campus.
O projeto propõe flexibilidade na configuração dos layouts e nas dinâmicas de ensino, através de novas salas de aula e de amplos espaços de convivência gerados pela multiplicidade dos pátios no térreo, nível intermediário e cobertura. Um novo refeitório, auditório multiuso e quadra descoberta farão parte do programa do novo edifício escolar.
Fontes: CBCA e Aflalo/Gasperini Arquitetos
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