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Equipe Contramarco

ASBEA-SP E SINDUSCON-SP LANÇAM MANIFESTO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS

Seminário em 11 de agosto mostrará benefícios a projetistas, incorporadoras, construtoras e adquirentes de imóveis


Reprodução: AsBEA-SP

A Associação Regional dos Escritórios de Arquitetura de São Paulo (AsBEA-SP) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) lançam um manifesto defendendo ser inadiável intensificar, na construção de edifícios residenciais, a industrialização já adotada em obras institucionais e de infraestrutura.

Para demonstrar todos os benefícios citados abaixo e debater como a cadeia produtiva da construção pode e deve avançar para implementar esta industrialização, a AsBEA-SP e o SindusCon-SP realizarão um seminário híbrido em 11 de agosto. Saiba mais na ASBEA.

Reprodução: SindusCon-SP

É a seguinte a íntegra do manifesto:


É HORA DE INDUSTRIALIZAR A CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS


A construção civil avançou nas últimas décadas, focada na racionalização de custos e prazos. Mas o verdadeiro salto nesta evolução, para atingir outro patamar, somente será possível repensando a construção como um processo de montagem.


BENEFÍCIOS


Entre outros benefícios desse conceito, se aplicado desde a fase de incorporação, a construção industrializada reduz prazos, otimiza o retorno do investimento, clareia custos de construção, gera menos aditivos, reduz desperdícios de mão de obra e materiais. Oferece mais opções de terrenos, por viabilizar canteiros com pouco espaço. Adota sistemas esbeltos que possibilitam maior área útil das unidades habitacionais, layouts mais flexíveis e facilidade em manutenção e reformas.


Atuando dessa forma, desde o início da fase de projeto, entre outras vantagens figuram maior interação entre as equipes de projeto e obra, claro entendimento dos sistemas e suas interfaces, uso de sistemas modulares com dimensionamento adequado, otimização das soluções de interferências, melhora da garantia e do desempenho dos sistemas já testado e comprovado pela indústria, maior detalhamento de projetos evitando erros na construção, otimização do uso de ferramentas avançadas aplicadas ao projeto e gestão de obras como BIM e IoT (siglas em inglês para Modelagem da Informação da Construção e Internet das Coisas), e possibilidade de carga menor nas estruturas e fundações.


Na obra, serão alcançados maior produtividade, redução de prazos e custos, utilização de trabalhadores mais qualificados, ganhos de gestão pela quantidade menor de fornecedores e de contratos. Haverá maior assertividade nos quantitativos e recursos necessários, montagens prévias fora dos canteiros, redução de patologias, otimização da logística e do planejamento da obra.


A industrialização também contribuirá para intensificar as ações em favor da sustentabilidade ambiental. Possibilitará ganhos para o meio ambiente e os futuros usuários da edificação, tais como: menor geração de resíduos, uso mais eficiente de água e energia, redução da pegada de carbono e utilização de materiais de construção alternativos.


Por sua parte, os consumidores se beneficiarão. O custo final diminuirá, as patologias e custos de manutenção se reduzirão, layouts serão mais flexíveis facilitando adaptações e reformas. O mercado imobiliário se desenvolverá, ganhando escala e reduzindo custos, o que atrairá novos fornecedores e trabalhadores qualificados.


BOAS PRÁTICAS


Para industrializar a construção residencial, recomendam-se boas práticas, como:

  • Considerar construção modular, produtos padronizados e repetitividade como premissas de projeto;

  • Definir os sistemas no início, antes do projeto de fundações e estrutura, para a correta especificação e possibilitando soluções mais esbeltas;

  • Analisar o custo global, considerando as economias ao longo de toda a vida do empreendimento;

  • Contratar os fornecedores dos sistemas no início do projeto;

  • Analisar o cronograma de desembolso antecipado em caso de entregas mais rápidas, ou a postergação de desembolsos para o início das obras, em entregas usuais;

  • Verificar a necessidade de sistemas específicos de transporte no canteiro e entorno;

  • Contratar mão de obra treinada pelo fornecedor do sistema;

  • Privilegiar fornecedores de sistemas com bom histórico;

  • Adquirir sistemas completos e sem adaptações, testados e certificados.


RESPONSABILIDADE SOCIAL


O aspecto social tem relevância significativa neste processo, começando pela maior capacitação e segurança para os colaboradores no canteiro de obra, e finalizando com ambientes dotados de maior conforto aos usuários pela sua qualificada construção. Tanto consumidores finais, como todos os profissionais envolvidos na cadeia produtiva, beneficiam-se deste processo.


Ao promover a industrialização nas construções de edifícios seremos capazes de incentivar a inovação de forma sustentável com incremento da produtividade, dando maior pujança à produção de habitação no país.


Assim, teremos incorporações mais assertivas, projetos mais precisos, execução de obras otimizadas com mais sustentabilidade e maior satisfação dos adquirentes.


São Paulo, 15 de julho de 2022


Milene Abla Scala - Presidente da AsBEA-SP

Odair Senra - Presidente do SindusCon-SP


Fonte: Secretaria AsBEA-SP


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