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Equipe Contramarco

ARQUITETURA E URBANISMO: QUAL A IMPORTÂNCIA DESSA ATIVIDADE PARA A SOCIEDADE?

*Por Lucas Fehr professor e coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)


Lucas Fehr professor e coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)

Arquitetura seria a arte de projetar edifícios, seus espaços internos e externos, os ambientes e tudo o que se refere a isso: desde seus aspectos mais relacionados à técnica, como a organização das atividades que nele se desenvolverão, o processo construtivo e seus detalhes, a materialidade e a infraestrutura de sistemas de instalações que o edifício receberá. Como isso tudo resulta em uma poética, na plasticidade, na volumetria, percursos, no modo como a luz incidirá em suas superfícies, como os ambientes se voltarão à paisagem, ao sol, tratarão a chuva e o vento.


E, não menos importante, como uma edificação, ou um conjunto delas, se assenta no território, especialmente o urbano e, a partir disso, conforme seus espaços exteriores, seus pátios, caminhos e jardins e, por extensão, como se insere e contribui para paisagem local e interfere na sua vizinhança, seja nos aspectos do desenho, mas também naqueles que demandam a infraestrutura urbana.


O Urbanismo, seguindo essa linha de pensamento, seria como se organiza e se desenha uma cidade, fruto da reunião de vários edifícios, de sua inter-relação, seu diálogo com os demais edifícios e seus espaços externos ali desenhados. Disso, vão se conformando os espaços de suporte à vida na cidade, privados ou públicos, como os quintais, as ruas e as praças e, por consequência, todo o ambiente urbano, os sistemas de mobilidade, os sistemas verdes, tais quais os jardins, a arborização, parques, os cursos d’água, bem como sua infraestrutura, as redes urbanas, o abastecimento de água, esgoto, energia, gás, dados, etc.


Portanto, é dessa união, Arquitetura e Urbanismo, que resultam as cidades e seus atributos, seus espaços e sua ambiência, com toda sua infraestrutura, onde cerca de 70% da população mundial viverá até 2050, segundo previsão da ONU-Habitat. Daí a importância dessa profissão para a sociedade, para a vida da fauna e da flora do planeta.

E seu comprometimento com duas questões prementes no mundo atual: o desenvolvimento social, em busca de equidade nas condições de vida da população, proporcionando a todos o acesso às benesses do mundo contemporâneo, tal qual o acesso à moradia digna, ao lazer, à educação, à saúde, à alimentação, ao trabalho, etc. A preservação ambiental de nosso planeta, seus sistemas naturais, matas, oceanos, clima, entre outros. Essas duas questões podem parecer antagônicas, mas são fundamentais para a manutenção da vida atual e das futuras gerações. É necessário ainda que a sociedade e o arquiteto e urbanista contemporâneo participem da comunidade global e as tenham como base de suas preocupações.


Porém, o arquiteto e urbanista não faz sozinho uma edificação e muito menos uma cidade. São muitos os agentes e interesses, por vezes conflitantes, que atuam no processo de construção dos edifícios e, sobretudo, das cidades. Assim como o médico não é responsável pela doença, o arquiteto e urbanista também não é o culpado pelas mazelas das cidades contemporâneas. Mas ambos estão na solução desses problemas.


E como o médico deve estar atento não apenas aos sintomas, mas à saúde integral do paciente, ouvindo-o e analisando suas condições de vida para ter uma visão ampla sobre o quadro geral de sua saúde, o arquiteto e urbanista deve também fazer uma atenta análise do contexto local e ouvir pessoas e comunidade para garantir que o projeto atenda da melhor maneira possível às necessidades de quem irá utilizar os ambientes por ele proposto, bem como sua solução interferirá no local onde irá se inserir. E o arquiteto e urbanista deverá fazer isso considerando igualmente a sua inserção na história da sociedade e daquele lugar, ou seja, em seu contexto histórico e social, com sua população, sua cultura, suas preexistências, seu patrimônio cultural e arquitetônico, realizando seu trabalho com habilidade técnica e plasticidade adequada.


Fonte: Assessoria Viveiros/Mackenzie

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