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Equipe Contramarco

A IMPORTÂNCIA DO RETROFIT NA INDÚSTRIA 4.0

*Por Braulio Molinari, coordenador de vendas da Mitsubishi Electric


Reprodução: WEG

Novas tecnologias estão surgindo e remodelando a maneira como trabalhamos todos os dias. No setor industrial, o uso da automação está crescendo e ganhando força. O principal objetivo da automação é ter máquinas ou sistemas que executem tarefas e processos com maior eficiência, entreguem produtos de melhor qualidade e maior satisfação do cliente.


Interconexão de máquinas e até plantas, sistemas em nuvem, realidade aumentada e simulação, IoT (Internet of Things – Internet das Coisas, em português) e robótica, que facilitam a transformação do processo de fabricação em um processo inteligente são algumas das tecnologias da Indústria 4.0.


Processos de produção complexos e sistemas de fabricação flexíveis representam desafios cada vez maiores para o setor de manufatura. Além da engenharia mecânica e elétrica, software e tecnologia de controle eficazes e confiáveis são fundamentais, incluindo sempre novas funcionalidades e prolongando a vida útil dos componentes e também da própria máquina.


Para garantir que as máquinas funcionem sem problemas e que elas possam se comunicar umas com as outras, é fundamental realizar processos de upgrades, atualizações de softwares e inserções de opcionais, otimizando a sua funcionalidade.


UPGRADE GARANTE MAIOR DISPONIBILIDADE


A compra de equipamentos industriais geralmente exige um alto investimento e gestores estão sempre em busca de melhores práticas para ampliar o seu ciclo de vida. Um eficiente programa de manutenção é a primeira etapa, mas, em determinado momento, é preciso ir além e pensar na opção de efetuar upgrades, atualizando sistemas e componentes para, assim, otimizar as suas funcionalidades e ganhar maior flexibilidade.


Um processo de retrofit (técnica de revitalização de construções antigas com o objetivo de transformar edificações do passado, adaptando-as às necessidades atuais) em uma extrusora de plástico, por exemplo, com mais de 10 anos de uso e que já apresentava um funcionamento de forma intermitente, fez com que esta máquina seja atualmente a que apresenta maior disponibilidade na planta, com maior qualidade e menor desperdício na linha de produção. E com um custo final muito inferior ao da compra de um novo equipamento.


MÁQUINAS GANHAM AUTONOMIA


Analistas da McKinsey destacam que os mecanismos tradicionais usados para controlar a variabilidade das máquinas antes dependiam de processos rigorosos para identificar desvios na produção e da intervenção de operadores qualificados para compensá-los.

No entanto, à medida que as máquinas se tornam mais inteligentes e adaptáveis, elas podem conduzir cada vez mais essa atividade automaticamente, usando sistemas de controle de malha fechada para garantir consistência à medida que as condições internas e externas mudam.


Braulio Molinari. Reprodução: LinkedIn

Mesmo assim, a presença humana continua sendo indispensável. Um grande fator para avaliar e melhorar o desempenho das máquinas é o poder de observação dos operadores. Os funcionários que interagem constantemente com os equipamentos estão na melhor posição para monitorar as suas condições.


Ao final, o objetivo de investir na atualização de softwares e na otimização das máquinas é aumentar a produtividade dentro da fábrica, proporcionar mais qualidade aos produtos fabricados, aumentar o ciclo de vida dos equipamentos e reduzir custos, o cenário ideal tanto para o responsável pela linha de produção quanto pelo setor financeiro.


Fonte: Agência Intelligenzia


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